Governo flexibiliza regras do Minha Casa, Minha Vida para pequenos construtores
Texto de Débora Brito - Repórter da Agência Brasil
advocaciaimobiliariagoias.org
O
Ministério das Cidades flexibilizou as regras do Programa Minha Casa, Minha
Vida para pequenos construtores. Atendendo a uma reivindicação do setor, o
ministro Bruno Araújo assinou portaria que aumenta o prazo de inscrição das
empresas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e retira a exigência de
construção apenas em áreas pavimentadas.
A
portaria altera as regras estabelecidas pelas portarias 160 e 539, publicadas
em maio deste ano e que geraram forte reação dos construtores. Os empresários
alegam que o prazo estabelecido para realizar a adequação como pessoa jurídica
não era suficiente. A nova portaria estende o prazo para o final de 2018.
Outra
queixa era com relação à exigência de que o empreendimento deveria ser
construído em área pavimentada. Junto com energia elétrica, esgoto e
abastecimento de água, o asfalto estava entre os itens de infraestrutura básica
necessários na área da obra a ser financiada pelo programa.
Para os construtores, essa norma traria prejuízos econômicos, pois há muitos imóveis que já foram construídos antes da vigência da regra e não poderiam ser comercializados.
Para os construtores, essa norma traria prejuízos econômicos, pois há muitos imóveis que já foram construídos antes da vigência da regra e não poderiam ser comercializados.
Segundo
o presidente da Associação dos Construtores do Estado de Goiás, Delermon Dias
Marques, somente em Goiás 20 mil casas foram construídas antes da mudança nas
exigências e não poderiam ser financiadas com recursos do Minha Casa, Minha
Vida. O setor argumenta também que a nova mudança nas regras pode evitar a
perda de empregos.
“Sabemos
por alto de uma estimativa de dois milhões de pessoas que são empregadas pelo
setor, de forma direta ou indireta. Com a nova portaria, vários projetos vão
ser desengavetados e podem gerar mais empregos”, disse Delermon.
“Os
pequenos construtores correspondem quase 30% do programa, um percentual muito
alto. Em um momento em que o país precisa de grande atenção para enfrentar a
recessão e desemprego, eles são fundamentais”, defendeu o ministro Bruno
Araújo.
Sobre
a preocupação com a perda de qualidade dos imóveis construídos, já que o
mutuário pode receber imóvel em área não asfaltada, Araújo disse que o asfalto
não é responsabilidade das empresas e sim do Poder Público.
As
novas regras incluem ainda mudança no conceito de empreendimento. Pelo novo
texto, obras de uma ou duas unidades habitacionais podem serem consideradas
como um empreendimento “Precisávamos adequar a portaria a realidade de um país
continental, onde a realidade do interior do nordeste não é igual à região
metropolitana”, disse o ministro. As mudanças serão publicadas amanhã (30) no Diário Oficial da União.
Fonte:
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advocaciaimobiliariagoias.org
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